Mito: O álcool é a causa do alcoolismo.
Fato: Apesar de o alcoolista ser dependente de álcool, não é o álcool em si que causa o alcoolismo. Se isto fosse verdade toda pessoa que bebesse seria alcoolista. O que se sabe é que o alcoolismo não pode ser explicado por um único fator, mas pela interação de elementos genéticos, psicológicos e ambientais.
Mito: O vinho é uma bebida leve pois contém menos álcool do que as outras bebidas.
Fato: A quantidade de álcool que a pessoa ingere depende da quantidade de doses que ela toma. Um copo de vinho tinto (aproximadamente 120ml), uma lata de cerveja (aproximadamente 285ml) e uma dose de bebida destilada (aproximadamente 30ml) contém a mesma quantidade de álcool.
Mito: Misturar cerveja, vinho e destilados leva a embriaguez mais rapidamente do que só tomar um tipo de bebida alcoólica.
Fato: O nível de álcool no sangue é que determina o nível de sobriedade ou intoxicação alcoólica do indivíduo. Lembre-se que a quantidade de doses que a pessoa toma é que vai determinar a quantidade de álcool em seu sangue.
Mito: Beber café ajuda a pessoa a se restabelecer do 'porre'.
Fato: Apenas o tempo pode ajudar uma pessoa a se restabelecer do porre. O organismo humano demora em média uma hora para processar uma dose de álcool.
Mito: Os efeitos do álcool no corpo da mulher são iguais aos efeitos do álcool no corpo do homem.
Fato: De maneira geral a ingestão da mesma quantidade de álcool afeta a mulher mais rapidamente do que o homem (mesmo levando-se em conta as diferenças no peso corporal). Isto ocorre porque a mulher apresenta menos água em seu corpo do que o homem e o álcool quando misturado a água do corpo torna-se mais concentrado na mulher.
Mito: Os efeitos do álcool no corpo do idoso são iguais aos efeitos do álcool no corpo do jovem.
Fato: Os efeitos do álcool no organismo variam com a idade. Perda de reflexos, problemas com audição e visão e menor tolerância aos efeitos do álcool deixam os idosos sob o risco de quedas, acidentes automobilísticos e outros tipos de acidentes que podem resultar do uso de álcool. Com a idade, há também uma tendência de aumento no consumo de medicamentos. A mistura desses medicamentos com álcool pode trazer conseqüências danosas, inclusive fatais à saúde. É sabido que mais de 150 remédios interagem de maneira prejudicial ao indivíduo. Ademais, o uso de álcool pode agravar condições clínicas comuns entre os idosos, como hipertensão e úlcera. Mudanças no organismo dos idosos fazem a ingestão de álcool provoque efeitos mais acentuados comparativamente aos jovens de mesmo sexo e peso. Assim, os idosos devem se ater a ingerir no máximo apenas 1 dose de bebida alcoolica por dia.
Mito: Problemas decorrentes do uso de álcool são um claro indicador de que a pessoa sofre de alcoolismo.
Fato: Apesar do abuso de álcool não ser sinônimo de alcoolismo, ele pode trazer inúmeros problemas para o individuo e sociedade. Alguns destes problemas são: faltas no trabalho e escola, acidentes de transito, envolvimento em brigas, entre outros.
Mito: O alcoolista é uma pessoa fraca e irresponsável.
Fato: O alcoolismo é uma doença crônica que compreende os seguintes sintomas: desejo incontrolável de beber, perda de controle (não conseguir parar de beber depois da pessoa ter começado), dependência física (sintomas físicos como sudorese, tremedeira e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool) e tolerância (a pessoa com o tempo passa a precisar de doses maiores de álcool). A dependência de álcool não está associada ao caráter do indivíduo e muito dos problemas que ele apresenta são decorrentes da própria doença.
A cerveja é menos nociva que outros tipos de bebidas alcoólicas.
Mito: Uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou um martelinho de cachaça são igualmente nocivos. A única coisa que varia é a quantidade.
O problema não é beber, e sim misturar.
Mito: Misturar cerveja, vinho, cachaça e etc., vai é acabar com seu estômago e fígado, mas não são mais prejudiciais do que beber apenas um tipo de bebida. Álcool é álcool.
Uma ducha fria, café bem forte e ar fresco te deixarão sóbrio.
Mito: Somente o tempo vai eliminar o álcool de seu organismo. Seu organismo levará aproximadamente uma hora para eliminar a maior parte do álcool presente em uma cerveja, por exemplo. A ducha fria pode, no máximo, te manter acordado, mas o álcool não sairá de seu corpo.
Café te deixa acordado o suficiente para dirigir após beber.
Mito: Dê uma xícara de café a um bêbado e a única coisa que você terá é um bêbado acordado. A energia dada pela cafeína não é capaz de mantê-lo alerta e recuperar a velocidade na tomada de decisões perdidas com o consumo de álcool.
Eu bebo apenas cerveja e não tenho problemas para dirigir.
Mito: Basta apenas uma latinha de cerveja e sua percepção de distância e velocidade já ficam alteradas.
Veja a relação abaixo:
• 0,2 a 0,3g/l (um copo cerveja, um cálice pequeno de vinho, um dose uísque ou de outra bebida destilada): As funções mentais começam a ficar comprometidas. A percepção da distância e da velocidade é prejudicada.
• 0,31 a 0,5g/l (dois copos cerveja, um cálice grande de vinho, duas doses de bebida destilada): O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando a sensação de calma e satisfação.
• 0,51 a 0,8g/l (três ou quatro copos de cerveja, três copos de vinho, três doses de uísque): Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de luminosidade; superestimação das possibilidades e minimização de riscos; e tendência à agressividade.
• 0,81 a 1,5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Dificuldades de controlar automóveis; incapacidade de concentração e falhas de coordenação neuromuscular.
• 1,51 a 2g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão.
• 2,1 a 5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Embriaguez profunda.
• Acima de 5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Coma alcoólico.
Se eu bebo, eu compenso dirigindo mais devagar e em segurança.
Mito: Beber e dirigir não são seguro, não importa sua velocidade. Na verdade, se dirigir devagar demais pode acabar atrapalhando o trânsito e causar acidentes de qualquer maneira.
Comer bem antes de beber vai te manter sóbrio.
Mito: Beber com o estômago cheio vai apenas atrasar a absorção de álcool na sua corrente sanguínea, mas não impedi-la. Comer antes de beber não vai impedi-lo de ficar bêbado.
Cada um reage de maneira diferente ao consumo de álcool.
Verdade: Quem nunca ouviu falar que “Fulano é que nem Miojo! Cozinha em três minutos!”? Muitos fatores influenciam ao modo com que cada um reage ao álcool: peso, metabolismo, sexo, etc.… Uns toleram mais, outros menos.
É possível enganar o bafômetro colocando pedras de gelo na boca antes de assoprar o aparelho. O gelo libera hidrogênio e faz com que o álcool não seja percebido pelo medidor.
Mito: Para começar, gelo não libera hidrogênio ao derreter. Nem mesmo sua associação com a Coca-cola irá liberar algo além de água e gás carbônico. Não há qualquer embasamento químico para esta afirmação.
É possível enganar o bafômetro usando alguns truques simples: chupar pastilhas de menta extra-fortes, comer cebola, beber anti-séptico bucal ou colocar uma moeda na boca após beber.
Mito: Até mesmo os Mythbusters já fizeram estes testes e comprovaram que nenhum truque é capaz de enganar o bafômetro. Aliás, o anti-séptico bucal é capaz de aumentar a concentração de álcool no sangue caso ingerido.
O bafômetro não é um instrumento preciso.
Verdade: O bafômetro faz apenas uma estimativa da concentração de álcool em seu sangue, porém é suficiente para determinar se uma pessoa está embriagada ou não, mesmo com uma margem de erro de até 30%.
O “bafo” de álcool é o que determina se alguém está bêbado ou não.
Mito: Na verdade, não é o álcool que causa o mau hálito (o famoso bafo-de-onça) e sim as substâncias que compõe as bebidas alcoólicas. O cheiro do álcool puro é quase imperceptível pelas pessoas.