terça-feira, 5 de julho de 2011

A Dependência...


A Organização Mundial da Saúde entende por farmacodependência o estado psíquico, e às vezes físico, provocado pela ação recíproca entre um organismo vivo e uma droga. Esse estado se caracteriza por alterações de comportamento e outras reações, compreendendo sempre um impulso irreprimível de tomar a droga de maneira continuam ou periódica, a fim de experimentar seus efeitos psíquicos e, às vezes, para evitar o mal-estar produzido pela privação.
As características da substância são importantes para explicar o vício de consumi-la, mas há outras variáveis fundamentais que explicam esse processo. Entre elas estão à função inicial desse consumo e as características pessoais do indivíduo, a dependência pode ser acompanhada de tolerância; e consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível à suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência".

Dependência Psicológica:

A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo).

Dependência Física:

A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestar-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação dos “delírios tremeis".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.

Requisitos Básicos da Dependência:

Forte desejo ou compulsão para consumir a substância;

Dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;

Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);

Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;

Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos.



Só pra Variar...


O moralista chega para o bebum desconhecido e dá uma dura!

- Você sabia que beber é um crime que você pratica contra seus filhos?

- Ah, é? Por quê?

- Ora, seu irresponsável, porque os filhos dos bêbados nascem idiotas!

O bêbado retruca.

- Mas você acha que é fácil parar de beber? Pergunte a seu pai.





O Álcool no Cérebro...

O álcool parece atuar sobre canais existentes nas membranas dos neurônios, através dos quais estas células trocam íons com o meio circundante. Por meio deles, íons positivos ou negativos
Entram e saem dos neurônios, aumentando ou diminuindo sua atividade elétrica.
O procedimento, por sua vez, afeta todas as funções cerebrais. Normalmente, os canais iônicos são abertos ou fechados pela ação de neurotransmissores ou por variações na diferença de potencial elétrico entre o interior e o exterior dos neurônios.
Diversas partes do cérebro são afetadas pelo efeito sedativo do álcool tais como aquelas responsáveis pelo movimento, memória, julgamento, respiração, etc. porque existem receptores GABA em muitas partes do cérebro. O uso prolongado do álcool pode causar dependência. Então, se a pessoa para de beber, ela experimenta desconforto emocional, ansiedade, tremores, insônia.

Por que o álcool relaxa?

O álcool abre um tipo específico de canal iônico, chamado de GIRK. Quando aberto, esse canal permite que as células cerebrais eliminem íons potássio, reduzindo desse modo sua atividade. O resultado é uma depressão do funcionamento do cérebro - percebida como sensação de relaxamento pela pessoa que bebeu.
A ação direta do álcool só foi confirmada em relação a esse fenômeno específico. Outros efeitos da droga, como a diminuição do controle motor, são provocados indiretamente e exigem o auxílio de neurotransmissores ou da alteração da voltagem nas membranas dos neurônios.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Álcool na Gravidez

A maior parte das mulheres consome álcool antes de saber que está grávida. Desta forma, fortalece-se que nem sempre os efeitos da bebida no crescimento e desenvolvimento normal dos fetos são nocivos.
Sem dúvida, está claro e comprovado cientificamente que beber de maneira crônica e exceder-se no consumo afeta o crescimento normal dos bebês.


Efeitos prejudiciais mais frequentes no feto:

- Malformações: no corpo, nos órgãos internos e, em parte dos sentidos.

- Síndrome de Down: atraso mental.

- Deficiências orgânicas: após o nascimento, a criança pode apresentar incapacidade de desenvolvimento normal, dificuldades de aprendizagem, defeitos de caráter, pobreza mental e espiritual.

- Morte: o excesso de álcool pode causar um aborto.


Como o álcool afeta o feto:


Qualquer quantidade de álcool, por menor que seja, pode por em risco o desenvolvimento do feto, produzindo deficiências físicas e mentais.
Os danos são produzidos, porque a gestante elimina duas vezes mais rápido o álcool do seu sangue que o bebê, forçando-o a realizar uma tarefa para qual seus órgãos não estão preparados.


domingo, 3 de julho de 2011

Tipos de Bêbados



Mitos e Verdades

Mito: O álcool é a causa do alcoolismo.

Fato: Apesar de o alcoolista ser dependente de álcool, não é o álcool em si que causa o alcoolismo. Se isto fosse verdade toda pessoa que bebesse seria alcoolista. O que se sabe é que o alcoolismo não pode ser explicado por um único fator, mas pela interação de elementos genéticos, psicológicos e ambientais.

Mito: O vinho é uma bebida leve pois contém menos álcool do que as outras bebidas.

Fato: A quantidade de álcool que a pessoa ingere depende da quantidade de doses que ela toma. Um copo de vinho tinto (aproximadamente 120ml), uma lata de cerveja (aproximadamente 285ml) e uma dose de bebida destilada (aproximadamente 30ml) contém a mesma quantidade de álcool.

Mito: Misturar cerveja, vinho e destilados leva a embriaguez mais rapidamente do que só tomar um tipo de bebida alcoólica.

Fato: O nível de álcool no sangue é que determina o nível de sobriedade ou intoxicação alcoólica do indivíduo. Lembre-se que a quantidade de doses que a pessoa toma é que vai determinar a quantidade de álcool em seu sangue.

Mito: Beber café ajuda a pessoa a se restabelecer do 'porre'.

Fato: Apenas o tempo pode ajudar uma pessoa a se restabelecer do porre. O organismo humano demora em média uma hora para processar uma dose de álcool.

Mito: Os efeitos do álcool no corpo da mulher são iguais aos efeitos do álcool no corpo do homem.

Fato: De maneira geral a ingestão da mesma quantidade de álcool afeta a mulher mais rapidamente do que o homem (mesmo levando-se em conta as diferenças no peso corporal). Isto ocorre porque a mulher apresenta menos água em seu corpo do que o homem e o álcool quando misturado a água do corpo torna-se mais concentrado na mulher.

Mito: Os efeitos do álcool no corpo do idoso são iguais aos efeitos do álcool no corpo do jovem.

Fato: Os efeitos do álcool no organismo variam com a idade. Perda de reflexos, problemas com audição e visão e menor tolerância aos efeitos do álcool deixam os idosos sob o risco de quedas, acidentes automobilísticos e outros tipos de acidentes que podem resultar do uso de álcool. Com a idade, há também uma tendência de aumento no consumo de medicamentos. A mistura desses medicamentos com álcool pode trazer conseqüências danosas, inclusive fatais à saúde. É sabido que mais de 150 remédios interagem de maneira prejudicial ao indivíduo. Ademais, o uso de álcool pode agravar condições clínicas comuns entre os idosos, como hipertensão e úlcera. Mudanças no organismo dos idosos fazem a ingestão de álcool provoque efeitos mais acentuados comparativamente aos jovens de mesmo sexo e peso. Assim, os idosos devem se ater a ingerir no máximo apenas 1 dose de bebida alcoolica por dia.

Mito: Problemas decorrentes do uso de álcool são um claro indicador de que a pessoa sofre de alcoolismo.

Fato: Apesar do abuso de álcool não ser sinônimo de alcoolismo, ele pode trazer inúmeros problemas para o individuo e sociedade. Alguns destes problemas são: faltas no trabalho e escola, acidentes de transito, envolvimento em brigas, entre outros.

Mito: O alcoolista é uma pessoa fraca e irresponsável.

Fato: O alcoolismo é uma doença crônica que compreende os seguintes sintomas: desejo incontrolável de beber, perda de controle (não conseguir parar de beber depois da pessoa ter começado), dependência física (sintomas físicos como sudorese, tremedeira e ansiedade quando a pessoa está sem o álcool) e tolerância (a pessoa com o tempo passa a precisar de doses maiores de álcool). A dependência de álcool não está associada ao caráter do indivíduo e muito dos problemas que ele apresenta são decorrentes da própria doença.

A cerveja é menos nociva que outros tipos de bebidas alcoólicas.

Mito: Uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou um martelinho de cachaça são igualmente nocivos. A única coisa que varia é a quantidade.

O problema não é beber, e sim misturar.

Mito: Misturar cerveja, vinho, cachaça e etc., vai é acabar com seu estômago e fígado, mas não são mais prejudiciais do que beber apenas um tipo de bebida. Álcool é álcool.

Uma ducha fria, café bem forte e ar fresco te deixarão sóbrio.

Mito: Somente o tempo vai eliminar o álcool de seu organismo. Seu organismo levará aproximadamente uma hora para eliminar a maior parte do álcool presente em uma cerveja, por exemplo. A ducha fria pode, no máximo, te manter acordado, mas o álcool não sairá de seu corpo.

Café te deixa acordado o suficiente para dirigir após beber.

Mito: Dê uma xícara de café a um bêbado e a única coisa que você terá é um bêbado acordado. A energia dada pela cafeína não é capaz de mantê-lo alerta e recuperar a velocidade na tomada de decisões perdidas com o consumo de álcool.

Eu bebo apenas cerveja e não tenho problemas para dirigir.

Mito: Basta apenas uma latinha de cerveja e sua percepção de distância e velocidade já ficam alteradas.

Veja a relação abaixo:

• 0,2 a 0,3g/l (um copo cerveja, um cálice pequeno de vinho, um dose uísque ou de outra bebida destilada): As funções mentais começam a ficar comprometidas. A percepção da distância e da velocidade é prejudicada.
• 0,31 a 0,5g/l (dois copos cerveja, um cálice grande de vinho, duas doses de bebida destilada): O grau de vigilância diminui, assim como o campo visual. O controle cerebral relaxa, dando a sensação de calma e satisfação.
• 0,51 a 0,8g/l (três ou quatro copos de cerveja, três copos de vinho, três doses de uísque): Reflexos retardados, dificuldades de adaptação da visão a diferenças de luminosidade; superestimação das possibilidades e minimização de riscos; e tendência à agressividade.
• 0,81 a 1,5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Dificuldades de controlar automóveis; incapacidade de concentração e falhas de coordenação neuromuscular.
• 1,51 a 2g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Embriaguez, torpor alcoólico, dupla visão.
• 2,1 a 5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Embriaguez profunda.
• Acima de 5g/l (grandes quantidades de bebida alcoólica): Coma alcoólico.

Se eu bebo, eu compenso dirigindo mais devagar e em segurança.

Mito: Beber e dirigir não são seguro, não importa sua velocidade. Na verdade, se dirigir devagar demais pode acabar atrapalhando o trânsito e causar acidentes de qualquer maneira.

Comer bem antes de beber vai te manter sóbrio.

Mito: Beber com o estômago cheio vai apenas atrasar a absorção de álcool na sua corrente sanguínea, mas não impedi-la. Comer antes de beber não vai impedi-lo de ficar bêbado.

Cada um reage de maneira diferente ao consumo de álcool.

Verdade: Quem nunca ouviu falar que “Fulano é que nem Miojo! Cozinha em três minutos!”? Muitos fatores influenciam ao modo com que cada um reage ao álcool: peso, metabolismo, sexo, etc.… Uns toleram mais, outros menos.

É possível enganar o bafômetro colocando pedras de gelo na boca antes de assoprar o aparelho. O gelo libera hidrogênio e faz com que o álcool não seja percebido pelo medidor.

Mito: Para começar, gelo não libera hidrogênio ao derreter. Nem mesmo sua associação com a Coca-cola irá liberar algo além de água e gás carbônico. Não há qualquer embasamento químico para esta afirmação.

É possível enganar o bafômetro usando alguns truques simples: chupar pastilhas de menta extra-fortes, comer cebola, beber anti-séptico bucal ou colocar uma moeda na boca após beber.

Mito: Até mesmo os Mythbusters já fizeram estes testes e comprovaram que nenhum truque é capaz de enganar o bafômetro. Aliás, o anti-séptico bucal é capaz de aumentar a concentração de álcool no sangue caso ingerido.

O bafômetro não é um instrumento preciso.

Verdade: O bafômetro faz apenas uma estimativa da concentração de álcool em seu sangue, porém é suficiente para determinar se uma pessoa está embriagada ou não, mesmo com uma margem de erro de até 30%.

O “bafo” de álcool é o que determina se alguém está bêbado ou não.

Mito: Na verdade, não é o álcool que causa o mau hálito (o famoso bafo-de-onça) e sim as substâncias que compõe as bebidas alcoólicas. O cheiro do álcool puro é quase imperceptível pelas pessoas.




Ressaca

A ressaca parece ocorrer por três motivos: 1. Intoxicação pelo acetaldeído. 2. Queda da glicose sanguínea (hipoglicemia) e 3. Desidratação.



1. O acetaldeído chega a ser até 30x mais tóxico do que o etanol. Em casos de consumo de grandes quantidades de álcool, pode haver presença deste na circulação ainda por várias horas após a bebedeira. O acetaldeído é carcinogênico (causa câncer) e leva a lesão do fígado em longo prazo.



2. O processo de metabolização do etanol envolve vias enzimáticas do fígado que também participam da geração de glicose, principalmente em períodos de jejum. Como essas enzimas estão ocupadas metabolizando o etanol, temos uma queda no nível de glicose para o cérebro e outras regiões do organismo. Daí surge os sintomas de fraqueza e mal estar.



3. Uma das ações do etanol no cérebro e inativar um hormônio chamado de ADH (hormônio antidiurético em inglês). Esse hormônio é o responsável pela reabsorção de toda água filtrada pelo rim. O ADH é um dos mecanismos de controle da quantidade de água corporal. Quando este é inibido, toda água que passa pelo rim é eliminada na urina. Por isso, algum minuto após o ingestão de álcool começou há urinar o tempo o todo. Já reparou como é clara a urina após consumo de bebidas alcoólicas? Isso ocorre porque neste momento sua urina é basicamente só água. Esse efeito diurético leva a desidratação, que causa os sintomas de boca seca, sede, dor de cabeça, irritação e câimbras.



Não existe remédio que cure ressaca, nem que acelere o metabolismo do etanol. De nada adianta banho frio, café, chá, produtos com cheiro forte ou qualquer outra medicação caseira. O importante é hidratação, glicose e repouso.





segunda-feira, 27 de junho de 2011

Curiosidades...

Falar durante a mastigação e deglutição do alimento pode levar ao engasgo. Tossir geralmente resolve o problema; em alguns casos, porém, o engasgo pode sufocar.

Sabendo-se que o álcool afeta o sistema nervoso, explique por que pessoas que abusam de bebidas alcoólicas correm maior risco de engasgar?

Resposta:
Porque o álcool relaxa a musculatura e descontrola os movimentos peristálticos, envolvidos com a deglutição.

Jonas e José foram a um churrasco em um domingo à tarde. Jonas bebeu muitos copos de líquido em um curto período de tempo e logo sentiu necessidade de urinar. José, no entanto, ocupou-se de comer bastante, não ingeriu líquidos e não sentindo desejo de urinar durante a tarde.

A maior produção de urina por Jonas, relacionando com a secreção do hormônio antidiurético.

Resposta:
Por conter substâncias que inibem a ação do hormônio antidiurético, a cerveja ganhou a boa fama de diurética e, por tabela, de amiga dos rins. Afinal, facilitaria o serviço de filtragem das impurezas do sangue. Na verdade, mesmo composta por 95% de água, a bebida tem etanol suficiente para desidratar o organismo. Presente nos drinques alcoólicos em geral, é ele que inibe o hormônio antidiurético, provocando aquela vontade constante de fazer xixi. Com isso o corpo perde líquido, e a concentração de toxinas no sangue aumenta rapidamente. É que o álcool leva muito tempo para ser metabolizado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Visão dos Bêbados...

Tudo Vira Cama:



Essa é a melhor de toda a mais verdadeira, clássica. Alguém discorda? Que no final tudo vira cama!

Planejamento Estratégico:



Bem interessante. (Quando não se tem um abridor, realmente a coisa pode ficar complicada, mas a gente sempre arruma um jeito pra abrir uma garrafa).

Rei Engradado:



Essa é clássica, muito boa. (Nunca tinha parado pra pensar dessa forma, mas realmente quando alguém chega com um engradado à coisa muda, principalmente se a cerveja acabou).

Mulheres na Visão de um Bêbado:


Sabemos que quando estamos bêbados nossa visão muda, tudo fica mais bonito, mais legal, você fica mais simpático (ou mais chato, depende), aquela baranga você agora pega fácil, entre outras coisas.

É não vamos generalizar, não é sempre que é assim, mas acontece.






Olhando essa imagem ela parece comum mais não, olhem bem no centro dessa bola e vai ver que tem uma bolinha preta, olhe bem para essa bolinha preta e mexa a sua cabeça para frente e para traz vai ver que a bola vai se mexer, então esse é um exemplo de pessoas bêbadas que tudo que elas olham ao seu redor está girando!!! 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Álcool X Organismo



O álcool é absorvido principalmente no intestino delgado, e em menores quantidades no estômago e no cólon. A concentração do álcool que chega ao sangue depende de fatores como: quantidade de álcool consumida em um determinado tempo, massa corporal, e metabolismo de quem bebe quantidade de comida no estômago. Quando o álcool já está no sangue, não há comida ou bebida que interfira em seus efeitos. Os efeitos do álcool dependem de fatores como: a quantidade de álcool ingerido em determinado período, uso anterior de álcool e a concentração de álcool no sangue. O uso do álcool causa desde uma sensação de calor até o coma e a morte dependendo da concentração que o álcool atinge no sangue. Os sintomas que se observam são:


- Doses até 99mg/dl: sensação de calor/rubor facial, prejuízo de julgamento, diminuição da inibição, coordenação reduzida e euforia;


- Doses entre 100 e 199mg/dl: aumento do prejuízo do julgamento, humor instável, diminuição da atenção, diminuição dos reflexos e incoordenação motora;


- Doses entre 200 e 299mg/dl: fala arrastada, visão dupla, prejuízo de memória e da capacidade de concentração, diminuição de resposta a estímulos, vômitos;


- Doses entre 300 e 399mg/dl: anestesia, lapsos de memória, sonolência;


- Doses maiores de 400mg/dl: insuficiência respiratória, coma, morte.


Um curto período (8 a 12 horas) após a ingestão de grande quantidade de álcool pode ocorrer a "ressaca", que se caracteriza por: dor de cabeça, náusea, tremores e vômitos. Isso ocorre tanto devido ao efeito direto do álcool ou outros componentes da bebida. Ou pode ser resultado de uma reação de adaptação do organismo aos efeitos do álcool.

A combinação do álcool com outras drogas (cocaína, tranqüilizantes, barbituratos, anti-histamínicos) pode levar ao aumento do efeito, e até mesmo à morte.

Os efeitos do uso prolongado do álcool são diversos. Dentre os problemas causados diretamente pelo álcool podem-se destacar doenças do fígado, coração e do sistema digestivo. Secundariamente ao uso crônico abusivo do álcool, observa-se: perda de apetite, deficiências vitamínicas, impotência sexual ou irregularidades do ciclo menstrual.

Intoxicação alcoólica e hipoglicemia:


Como já foi visto antes o álcool etílico, principal componente das bebidas alcoólicas, é metabolizado no fígado por duas reações de oxidação. Em cada reação, elétrons são transferidos ao NAD+, resultando e um aumento maciço na concentração de NADH citozóico. A abundância de NADH favorece a redução de provado em lato e oxalacetato em malato, ambos são intermediários na síntese de glicose pela gliconeogênese. Assim, o aumento no NADH mediado pelo etanol faz com que os intermediários da gliconeogênese sejam desviados para rotas alternativas de reação, resultando em síntese diminuída de glicose. Isto pode acarretar hipoglicemia, particularmente em indivíduos com depósitos exauridos de glicogênio hepático. A mobilização de glicogênio hepático é a primeira defesa do corpo contra a hipoglicemia, assim, os indivíduos em jejum ou desnutridas apresentam depósitos de glicogênio exauridos, e devem basear-se na gliconeogênese para manter sua glicemia. A hipoglicemia pode produzir muita dos comportamentos associados à intoxicação alcoólica – agitação, julgamento diminuído e agressividade. Assim, o consumo de álcool em indivíduos vulneráveis – aqueles em jejum ou que fizeram exercícios prolongados e extenuantes – podem produzir hipoglicemia, que podem contribuir para os efeitos comportamentais do álcool.

 Alcoolismo agudo:


Exerce os seus efeitos principalmente sobre o sistema nervoso central, mas ele pode também rapidamente induzir alterações hepáticas e gástricas que são reversíveis na ausência do consumo continuado de álcool. As alterações gástricas constituem gastrite aguda e ulceração. No sistema nervoso central, o álcool por si é um agente depressivo que afeta primeiramente as estruturas subcorticais (provavelmente a formação reticular do tronco cerebelar superior) que modulam a atividade cortical cerebral. Em conseqüência, há um estímulo e comportamentos corticais, motor e intelectuais desordenados. Os níveis sanguíneos progressivamente maiores, os neurônios corticais e, depois, os centros medulares inferiores são deprimidos, incluindo aqueles que regulam a respiração. Pode advir parada respiratória. Efeitos neuronais podem relacionar-se com uma função mitocondrial danificada; alterações estruturais não são em geral evidentes no alcoolismo agudo. Os teores sanguíneos de álcool e o grau de desarranjo da função do SNC em bebedores não habituais estão intimamente realcionados.

Alcoolismo crônico:


É responsável pelas alterações morfológicas em praticamente todos os órgãos e tecidos do corpo, particularmente no fígado e no estômago. Somente as alterações gástricas que surgem imediatamente após a exposição pode ser relacionadas com os efeitos diretos do etanol sobre a vascularização da mucosa. A origem das outras alterações crônicas é menos clara. O acetaldeído, um metabólico oxidativo importante do etanol, é um composto bastante reativo e tem sido proposto como mediador da lesão tissular e orgânica disseminada. Embora o catabolismo do acetaldeído seja mais rápido do que o do álcool, o consumo crônico de etanol reduz a capacidade oxidativa do fígado, elevando os teores sanguíneos de acetaldeído, os quais são aumentados pelo maior ritmo de metabolismo do etanol no bebedor habitual. O aumento da atividade dos radicais livres em alcoólatras crônicos também tem sido sugerido como um mecanismo de lesão. Mais recentemente, foi acrescentado o metabolismo não-oxidativo do álcool, com a elaboração do ácido graxo etil éster, bem como mecanismos imunológicos pouco compreendidos iniciados por antígenos dos hepatócitos na lesão aguda.

Seja qual for à base, os alcoólatras crônicos têm sobrevida bastante encurtada, relacionada principalmente com lesão do fígado, estômago, cérebro e coração. O álcool é a causa bastante conhecida de lesão hepática que termina em cirrose, sangramento maciço proveniente de gastrite ou de úlcera gástrica pode ser fatal. Ademais, os alcoólatras crônicos sofrem de várias agressões ao sistema nervoso. Algumas podem ser nuticionais, como a deficiência em vitamina B1, comum em alcoólatras crônicos. As principais lesões de origem nutricional são neuropatias periféricas e a síndrome de Wernicke-Korsakoff. Pode surgir a degeneração cerebelar e a neuropatia óptica, possivelmente relacionadas com o álcool e seus produtos, e, incomum ente, pode surgir atrofia cerebral.

As conseqüências cardiovasculares também são amplas. Por outro lado, embora ainda sem consenso, quantidades moderadas de álcool podem diminuir a incidência da cardiopatia coronária e aumentar os níveis do colesterol HDL. Entretanto, o alto consumo que leva à lesão hepática resulta em níveis menores da fração HDL das lipoproteínas.

O alcoolismo crônico possui várias conseqüências adicionais, incluindo uma maior tendência para hipertensão, uma maior incidência de pancreatite aguda e crônica, e alterações regressivas dos músculos esqueléticos.

Doença hepática alcoólica (DHA) e Cirrose:


O consumo crônico de álcool resulta com freqüência em três formas distintas, embora superpostas, de doenças hepáticas: (1) esteatose hepática, (2) hepatite alcoólica e (3) cirrose, denominadas coletivamente de doença hepática alcoólica. A maioria dos casos o alcoólico que continua bebendo evolui da degeneração gordurosa para crises de hepatite alcoólica e para cirrose alcoólica no transcorrer de 10 a 15 anos.

(1) ESTEATOSE ALCOÓLICA (fígado gorduroso): dentro de poucos dias após a administração de álcool a gordura aparece dentro das células hepática as, representa principalmente aumento na síntese de triglicerídeos em virtude do maior fornecimento de ácidos graxos ao fígado, menor oxidação dos ácidos graxos, e menor formação e liberação de lipoproteínas. Ela pode surgir sem evidências clínica ou bioquímica de doença hepática. Por outro lado, quando o acometido é intenso, pode estar associado com mal-estar, anorexia, náuseas, distensão abdominal, hepatomegalia hipersensível, às vezes icterícia e níveis elevados de aminotransferase.

(2) HEPATITE ALCOÓLICA: caracteriza-se principalmente por necrose aguda da às células hepáticas. Em alguns pacientes, apesar da abstinência, a hepatite persiste e progride para cirrose. Ela representa a perda relativamente brusca de reserva hepática e pode desencadear um quadro de insuficiência hepática ou, às vezes, a síndrome hepatorrenal.

(3) CIRROSE ALCOÓLICA: apesar de o álcool ser a causa mais comum de cirrose no mundo ocidental, sendo responsável aí por 60 a 70% de todos os casos, é enigmático que apenas 10 a 15% dos "devotos do alambique" acabam contraindo cirrose. Existe em geral uma relação inversa entre a quantidade de gordura e a quantidade de cicatrização fibrosa. No início da evolução cirrótica os septos fibrosos são delicados e estendem-se da veia central para as regiões portais assim como de um espaço-porta para outro. À medida que o processo de cicatrização aumenta com o passar do tempo, a nodular idade torna-se mais proeminente e os nódulos esparsos aumentam em virtude da atividade regenerativa, criando na superfície o denominado aspecto de cravo de ferradura.

A quantidade de gordura é reduzida, o fígado diminui progressivamente de tamanho, tornado-se mais fibrótico, sendo transformado em um padrão macro nodular à medida que as ilhotas parenquimatosas são envoltas por tiras cada vez mais largas de tecido fibroso. Nos casos típicos, após certos sintomas tipo mal-estar, fraqueza, redução ponderal e perda de apetite, o paciente desenvolve icterícia, ascite e edema periférico, com o último sendo devido à deterioração na síntese da albumina. A menos que o paciente evite o álcool e adote um adieta nutritiva, a evolução habitual durante um período de anos é progressivamente descendente, com a deterioração da função hepática e surgimento de hipertensão porta com suas seqüelas como, por exemplo, ascite, varizes gasto esofágicas e hemorróidas.

Problemas clínicos do alcoolismo:


A ingestão contínua do álcool desgasta o organismo ao mesmo tempo em que altera a ente. Surgem, então, sintomas que comprometem a disposição para trabalhar e viver com bem estar. Essa indisposição prejudica o relacionamento com a família e diminui a produtividade no trabalho, podendo levar à desagregação familiar e ao desemprego.


Alguns dos problemas mais comuns da doença são:

No estômago e intestino:


Gases: Sensação de "estufa mento", nem sempre valorizada pelo médico. Pode ser causada por gastrite, doenças do fígado, do pâncreas, etc.

Azia: Muito comum em alcoolistas devido a problemas no esôfago.

Náuseas: São matinais e ás vezes está associado a tremores. Pode ser considerado sinal precoce da dependência do álcool.

Dores abdominais: Muito comum nos alcoolistas que têm lesões no pâncreas e no estômago.

Diarréias: Nas intoxicações alcoólicas agudas (porre). Este sintoma é sinal de má absorção dos alimentos e causa desnutrição no indivíduo.

Fígado grande: Lesões no fígado decorrentes do abuso do álcool. Podem causar doenças como hepatite, cirrose, fibrose, etc.

No Sistema Cardiovascular:


O uso sistemático do álcool pode ser danoso ao tecido do coração e elevar a pressão sangüínea causando palpitações, falta de ar e dor no tórax.

Glândulas:


As glândulas são muito sensíveis aos efeitos do álcool, causando sensíveis problemas no seu funcionamento.

Impotência e perda da libido. O indivíduo alcoolista pode ter atrofiados testículos, queda de pêlos além de ginecomastias (mamas crescidas).

Sangue:


O álcool torna o individuo propício às infecções, alterando o quadro de leucócitos e plaquetas, o que torna freqüente as hemorragias.

A anemia é bastante comum nos alcoolistas que têm alterações na série de glóbulos vermelhos, o que pode ser causado por desnutrição (carência de ácido fólico).

Alcoolismo é doença (OMS):


É o que a medicina afirma, mas a maior dificuldade das pessoas é entender como isso funciona. Alguns acham que é falta de vergonha; outros, que é falta de força de vontade, personalidades desajustadas, problemas sexuais, brigas familiares, etc.; outros, até, que é coisa do "capeta", outros acham que leva algum tempo para desenvolver tal "vício". A verdade é que algumas pessoas nascem com o organismo predisposto a reagir de determinada maneira quando ingerem o álcool. Aproximadamente dez em cada cem pessoas nascem com essa predisposição, mas só desenvolverão esta doença se entrarem em contato com o álcool.
 O alcoolismo não é hereditário:


Apesar do alcoolismo não ser hereditário existe uma predisposição orgânica para o seu desenvolvimento, sendo, então, o alcoolismo transmissível de pais para os filhos. O desenvolvimento do alcoolismo envolve três características: a base genética, o meio e o indivíduo. Filhos de pais alcoólatras são geneticamente diferentes, porém, só desenvolverão a doença se estiverem em um meio propício e/ou características psicológicas favoráveis.






sábado, 9 de abril de 2011


Alguns Danos do Álcool no Organismo

    A maioria das pessoas que consomem álcool não sofrem danos significativos no fígado. Entretanto, o consumo crônico e/ou excessivo de álcool pode causar uma variedade de problemas hepáticos incluindo excesso de gordura no fígado (esteatose), hepatite alcoólica (inflamação), e finalmente cirrose (dano permanente ao fígado). Veja mais problemas que o álcool pode causar.
     à boca – quase a metade dos casos de câncer na boca, laringe e amídalas é causada pelo álcool;
     ao cérebro – acredita-se que cerca de um terço dos casos de internação por demência seja causada pelo excesso de consumo de álcool;
     ao coração – inflamação, lesões, arritmia, palpitação, batimento irregular;
     aos seios – o excesso de álcool aumenta o risco do câncer de mama em 9%;
     ao pâncreas – inflamação fatal
     ao cólon – o álcool reduz os níveis de ácido fólico, o que leva ao câncer do cólon;
     ao trato digestivo – 75% dos casos de câncer do esôfago são atribuídos ao álcool;
     aos dentes – o álcool aumento o risco de doenças da gengiva;
     aos cabelos – grande consumo de álcool desidrata os cabelos, tornando-os quebradiços e, em casos extremos, provocando sua queda;
     ao sistema imune – dobra o risco de pneumonia, tuberculose e outras doenças infecciosas;
     à pele – a desidratação aumenta o risco de psoríase;
     às articulações – o álcool piora os casos de gota;
     à fertilidade – reduz o desempenho sexual e também a fertilidade dos espermatozóides e dos óvulos;
     às unhas – elas dependem da boa hidratação e do equilíbrio de nutrientes, ambos prejudicados pelo álcool;
     aos nervos – o consumo abusivo prolongado do álcool pode causar inflamação dos nervos, ocasionando formigamento e dor;
     aos músculos – a miosite (inflamação dos músculos) é comum e dolorosa para os alcoólatras;