A Organização Mundial da Saúde entende por farmacodependência o estado psíquico, e às vezes físico, provocado pela ação recíproca entre um organismo vivo e uma droga. Esse estado se caracteriza por alterações de comportamento e outras reações, compreendendo sempre um impulso irreprimível de tomar a droga de maneira continuam ou periódica, a fim de experimentar seus efeitos psíquicos e, às vezes, para evitar o mal-estar produzido pela privação.
As características da substância são importantes para explicar o vício de consumi-la, mas há outras variáveis fundamentais que explicam esse processo. Entre elas estão à função inicial desse consumo e as características pessoais do indivíduo, a dependência pode ser acompanhada de tolerância; e consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível à suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência".
Dependência Psicológica:
A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados.
Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo).
Dependência Física:
A dependência física é o resultado da adaptação do organismo, independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestar-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação dos “delírios tremeis".
Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.
Requisitos Básicos da Dependência:
Forte desejo ou compulsão para consumir a substância;
Dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;
Estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);
Evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;
Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos.
Karina - Espero que os assuntos quem vem sendo tratados aqui no blog possam alertar vocês que usam o álcool ou que penssam em usa - lo, que agora antes de fazer qualquer coisa vocês lembrem dos males que essa droga causa em seu metabolismo.
ResponderExcluirNo meu pensar ,um modo de conter o alcool é O tratamento farmacológico que deve ser considerado em todos os pacientes dependentes de álcool, para que não haja contra-indicações no uso. Dentre todas as medicações as que possuem mais relatos favoráveis são a naltrexona e o acamprosato (disponível apenas na Europa). Em todo alcoolismo devem ser investigados outros transtornos mentais. Dentre os mais comumente relacionados estão a depressão, distúrbios de ansiedade e a esquizofrenia. O alcoolismo pode surgir como uma tentativa de automedicação para um transtorno incipiente ou apresentar-se durante a fase ativa do transtorno mental.
ResponderExcluirKarina
ResponderExcluirO Processo Metabólico do Álcool
Quando o álcool é consumido, ele passa do estômago e intestinos para o sangue, num processo designado por absorção. No fígado, uma enzima designada álcool-desidrogenase (ADH) vai mediar à conversão do álcool em acetaldeído (sendo este produto mais tóxico que próprio álcool), o qual é rapidamente convertido em acetato por outras enzimas, e é eventualmente metabolizado em dióxido de carbono e água. A maior parte do álcool consumido é metabolizada no fígado, mas uma pequena quantidade que fica por metabolizar permite que a concentração de álcool seja medida pela respiração e urina. O fígado pode metabolizar apenas uma certa quantidade de álcool por hora, independentemente da quantidade que tenha sido consumida. A velocidade com que o álcool é metabolizado depende, em parte, da quantidade de enzimas metabolizantes do fígado, que varia entre os indivíduos e parece possuir determinantes genéticos. Em geral, após o consumo de uma bebida-padrão*, a quantidade de álcool no sangue do consumidor (concentração de álcool no sangue, ou BAC) atinge o seu auge ao fim de 30 a 45 minutos. O álcool é metabolizado mais lentamente do que é absorvido. Visto que o metabolismo do álcool é lento, o consumo deste precisa de ser controlado para prevenir a sua acumulação no organismo e intoxicação. As mulheres absorvem e metabolizam o álcool de uma forma diferente que os homens. Elas apresentam uma maior concentração de álcool no sangue (BAC) após consumirem a mesma quantidade de álcool que os homens e são mais susceptíveis a doenças alcoólicas do fígado, danos nos músculos cardíacos e danos cerebrais. Esta diferença da BAC tem sido atribuída à menor quantidade de água corporal que as mulheres apresentam, bem como a um fato adicional: o das mulheres possuírem uma menor atividade da enzima ADH no estômago, fazendo com que uma maior proporção do álcool ingerido chegue ao sangue. A combinação destes fatores pode fazer com que as mulheres sejam mais vulneráveis a danos hepáticos e coronários induzidos pelo álcool.
Valeu! Bom os comentários. Obrigada!
ResponderExcluirÉ o efeito do álcool no cérebro que é responsável pela chamada crise de abstinência que acomete o dependente quando ele fica sem a bebida. A falta repentina do álcool para quem está viciado nele pode dar tremores, irritabilidade, alucinações, como qualquer outro vício. Também pode levar a pessoa a ter uma convulsão. Nesse caso, se não for socorrido, o dependente pode ter uma parada cardiorrespiratória e morrer.
ResponderExcluirtem dois tipos de dependências a positiva + e a negativa - :
ResponderExcluirA positiva é quando a pessoa tem força de vontade de parar de beber , e para definitivamente;
a negativa é quando uma pessoa diz que vai largar A bebida no "dia seguinte" , só que a pessoa só vai adiando e "o dia seguinte" , acaba não chegando nunca.
È infelizmente a dependencia é um fato real e consumado por causa do fenômeno da Dependência
ResponderExcluirO comportamento de repetição obedece a dois mecanismos básicos não patológicos: o reforço positivo e o reforço negativo. O reforço positivo refere-se ao comportamento de busca do prazer: quando algo é agradável a pessoa busca os mesmos estímulos para obter a mesma satisfação. O reforço negativo refere-se ao comportamento de evitação de dor ou desprazer. Quando algo é desagradável a pessoa procura os mesmos meios para evitar a dor ou desprazer, causados numa dada circunstância. A fixação de uma pessoa no comportamento de busca do álcool, obedece a esses dois mecanismos acima apresentados.
isso tem Tratamento:
ResponderExcluirDissulfiram
Substância que força o paciente a não beber sob a pena de intenso mal-estar. A dose habitual é de 250 mg por dia em dose única diária, após um intervalo de, pelo menos, 12 horas de abstinência. Os pacientes também podem beneficiar-se com doses de 500 mg por dia. A duração recomendada para o tratamento é de um ano.
Naltrexona
Substância já usada no tratamento da dependência de heroína e morfina. A naltrexona possui um efeito bloqueador do prazer proporcionado pelo álcool, cortando o ciclo de reforço positivo que leva e mantém o alcoolismo. A posologia recomendada da naltrexona no tratamento do alcoolismo é de 50 mg por dia. O esquema terapêutico consiste na prescrição de 25 mg por dia na primeira semana de tratamento, com vistas a diminuir a incidência dos efeitos adversos (náuseas e vômitos). Após este período, pode-se elevar a dose para 50 mg por dia. Os ensaios clínicos com naltrexona postulam o período de 12 semanas para o trata-mento.
Acamprosato
Atua mais na abstinência, reduzindo o reforço negativo deixado pela supressão do álcool na-queles que se tornaram dependentes. Além de inibir os efeitos agudos da abstinência como os benzodiazepínicos fazem, o acamprosato inibe o desejo pelo álcool, diminuindo as taxas de recaída para os pacientes que interromperam o consumo de álcool. O acamprosato deve ser administrado em pacientes dependentes de álcool com mais de 60 kg, em três tomadas diárias, sendo 2 comprimidos de 333 mg nos três períodos do dia, sempre antes das refeições. A maioria dos estudos orienta a administração deste medicamento em dose menor para pacientes com menos de 60 kg; ou seja, um comprimido de 333 mg nos três períodos do dia. O tempo de manutenção da medicação é variável. Os ensaios clínicos realizados utilizam a droga por 6 a 12 meses.
Como é que se fica dependente do álcool?
ResponderExcluirO processo de dependência do álcool desenvolve-se como o de qualquer outra dependência, como por exemplo em relação ao tabaco, às drogas e outras substâncias psicoactivas.
Começa-se por experimentar beber, depois bebe-se pontualmente e daí passa-se a beber com regularidade, até criar dependência. Para algumas pessoas é um processo relativamente rápido.
THAIS DE MELO DISSE: Como se define a dependência alcoólica?
ResponderExcluirA dependência alcoólica ou alcoolismo é uma doença, frequentemente crónica e progressiva, que se caracteriza pelo consumo regular e contínuo de bebidas alcoólicas, apesar da recorrência repetida de problemas relacionados com o álcool.
Quais são os factores de risco?
•História familiar relacionada com o alcoolismo;
•Ambiente sociocultural. A integração em famílias ou em meios sociais propensos ao consumo de álcool (ter de frequentar festas, reuniões sociais, etc.);
•Situações imprevisíveis de rotura na vida quotidiana;
•Distúrbios emocionais – pessoas deprimidas ou ansiosas;
•Conflitos entre os pais, divórcio, separação ou abandono, de um ou de ambos os progenitores;
•Dificuldades de adaptação à escola;
•Dificuldades de aprendizagem.